
VÍDEO | Vázquez, da Nuvemshop: Pequenos negócios não exploram potencial do online
Peça fundamental na economia brasileira, os pequenos negócios ainda perdem muitas oportunidades no digital e, de certa forma, têm a sua presença online limitada. A afirmação, feita por Alejandro Vázquez, presidente da Nuvemshop, evidencia que, apesar do impulso gerado pela pandemia em 2020, ainda há um grande potencial para o e-commerce brasileiro. Falta de informação e de conhecimento técnico formam o pano de fundo desse cenário de baixa digitalização. Segundo Vázquez, os micro e pequenos empresários, mesmo quando possuem plataformas na internet ou perfis nas redes sociais, deixam de usar muitas ferramentas capazes de atrair novos clientes e de conectá-los com o público consumidor. Há quase quinze anos em contato com esses lojistas, ele acredita que estar no digital significa mais sustentabilidade para os pequenos negócios, assim como avançar em educação digital e estratégias de marketing. "Enquanto grandes negócios buscam escala e massificação, os pequenos têm a vantagem de encontrar seu nicho, se relacionar diretamente e entender o cliente para oferecer algo personalizado", diz. A Nuvemshop, que estrutura lojas online e canais de e-commerce, possui mais de 90 mil lojas ativas no Brasil e começou a sua história em 2011, quando percebeu alguns dos desafios que muitos empresários enfrentavam para entrar no mundo digital. Na época, Vázquez recorda que as opções existentes eram caras, complexas e pouco adaptadas à realidade de cada lojista. Foi dessa lacuna que surgiu a ideia da Nuvemshop. "Queríamos algo acessível e intuitivo para que qualquer pessoa pudesse montar a sua própria loja online." Hoje, a plataforma possui atuação no Brasil, Argentina, México e Colômbia e trabalha com diferentes públicos: os empreendedores que já atuam no varejo, mas que ainda não têm presença digital; os que já comercializam algo online, mas que para isso utilizam apenas seus perfis nas redes sociais; as pessoas que comercializam produtos pelos grandes marketplaces; e os proprietários de lojas digitais que são parceiros de plataformas concorrentes. Atendendo a diferentes segmentos, os lojistas de moda são maioria na Nuvemshop e representam mais de 32% do total de clientes. Juntas, moda e beleza faturaram mais de R$ 2 bilhões em 2024. "É um mercado que só vai expandir no online", diz. De acordo com o executivo, as estratégias nas redes sociais são muito bem utilizadas pelos empreendedores desse setor que, normalmente, buscam criar um relacionamento com o público e sua fidelização não só pelas peças que vendem, mas também pelas histórias de seus fundadores. Essa humanização, conta Vázquez, faz as marcas de moda se conectarem cada vez mais com o consumidor. Otimista em relação ao desempenho do e-commerce em 2025, Vázquez aposta na expansão da digitalização e do consumo online; no avanço tecnológico, com ferramentas como inteligência artificial, automação e análise de dados em tempo real, permitindo que lojistas ofereçam experiências mais personalizadas e de forma mais eficiente; e no progresso de tecnologias de pagamento, de provadores virtuais e de live commerce como tendências para atrair mais consumidores. Em entrevista ao Diário do Comércio, Alejandro Vázquez, presidente da Nuvemshop, compartilha suas experiências e aprendizados na liderança de um negócio que tem transformado a maneira como vendemos e compramos pela internet. Acompanhe: EDIÇÃO DE VÍDEO: Adnilson Junior FOTO: Nuvemshop/divulgação